A plastificação da adoração


"Dois homens subiram ao templo para orar; um era fariseu e o outro, publicano." Lc 18.10



Claramente vemos duas diferenças enormes entre o fariseu e o publicano. Dois tipos de classes sociais existentes na época de Jesus. O motivo que subiram ao templo era o mesmo adorar a Deus e fazer suas orações. Um dos fatos interessantes é que as orações eram realizadas de formas diferentes das que nós temos nos dias de hoje. Mas, a necessidade é a mesma, e aqueles dois homens tinham essa necessidade.
Pensamos que Deus esteja se agradando de nossa conversa com ele e nossa aproximação. E fica pergunta para todos: “Deus está realmente se agradando? Estamos vivendo a forma correta de adorar a Ele? Ao analisarmos as duas classes vamos encontrar diferenças grandes no comportamento de ambos.

1 - O fariseus (o religioso).

Muitos embates dentro dos evangelhos fora com os fariseus, os quais julgavam ser mais santos que os demais. Seguidores de uma tradição severa e cheios de orgulho sentiam que eram especiais ou os donos do conhecimento.
A oração do fariseu me chama a atenção. A sua prepotência para com o publicano e a falta de amor demonstra o que ele era realmente. O que vemos em nossos dias? Muitas vezes os novos fariseus mudaram as palavras. Deixaram de fazer a comparação com o publicano e passaram a exigir bens materiais e as bênçãos do alto. Sim, o foco alterou e a mesma falácia continua. Eu jejuo, oro, visito, eu sou melhor do que aquele irmão que não faz nada. A vida dos atuais passam por tempos de ampla posição social dentro das igrejas. Status sem dúvida para alguns e o pior pecado que possa se cometer atualmente. Deixaram de lado os ensinamentos de Cristo, que o maior tem que ser sujeito ao menor.
Chamamos hoje de evangelho a mistura de diversas denominações que têm crenças e dogmas diferentes. O que é realmente ser cristão? Atualmente é uma pergunta que  pequeno grupo vem se perguntando.

2 - O publicano.

Talvez ali estivesse um cara igual a Zaqueu, que roubava o povo e que enriqueceu de forma ilegal. Estaria no templo a orar uma pessoa que não era bem vista pelos judeus, por trabalharem para Roma, não temos essas informações dentro do texto. Mas, o que bem chamar atenção é o fato que ele teve uma ação inesperada para com Deus.
E nesse momento em que os papéis se invertem no modelo das duas orações. Um se enchia de orgulho por causa de suas obras e o outro reconhecia o seu eu. Jesus ao descrever a parábola diz que ele não era digno de olhar para o alto ao fazer a sua oração. Sinal de reconhecimento de soberania, realeza e autoridade maior do que ele.

Conclusão

O que dizer de nós? Quantas vezes estamos agindo como o fariseu e esquecemos que a nossa real condição para com Deus e ter a atitude do publicano. Queremos aquilo que Deus tem a oferecer e para isso mostramos nossos cargos e nossos feitos para com Ele.
Porque deixar de lado o verdadeiro eu pecador e falho que somos diante dEle.
Que possamos refletir sobre nossas ações e realmente sabermos como está a nossa adoração. Se está plastificada pelo egoísmo e pelos rituais religiosos como os fariseus ou uma pura e que reconhece a verdadeira condição de ser inferior e falho.

Shalom Lekulam.

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