Quando o menino é deixado.

E aconteceu que, passados três dias, o acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os, e interrogando-os. Lc 2.46


Todos os pais têm um filho que gosta de ter a sua independência e andar por suas próprias pernas. A fase da adolescência é o momento onde a criança quer dar seus primeiros sinais de vontade própria e julgar que já é dono de si. Querer andar só com seus amigos e largar a mão dos pais durante os passeios em família. Os passeios eram longos, grandes jornadas a cidades vizinhas e a capital da nação da Judeia. Segundo a lei era dever de todos os judeus irem até a Jerusalém para comemorar as festas judaicas. A subida era longa e demorada, a estrada tinha seus perigos e lugar para assaltos e crimes a viajantes solitários.
Em época das festas as pessoas se reuniam e subiam a Jerusalém em caravanas, alegres e cantando os salmos devidos para aquela ocasião. A volta se dava praticamente da mesma forma. Os moradores da cidade se reuniam em suas caravanas e voltavam em segurança para a sua cidade. O tempo de sete dias a catorze dias de festas era o tempo muito longo para os viajantes que além dos dias da festa passavam mais tempo em caravanas. As crianças e os adolescentes viviam juntas brincando e fazendo amizades durante toda viagem. A confiança dos pais era comum, pois, sempre estavam próximos de pessoas que eram conhecidas e que conheciam um ao outro.

1. Quando se tem noção da falta.


Apesar de estarem em amigos e conhecidos a preocupação dos pais não deixava de ser constante para com os menores. A hora das refeições e do descanso todos procuravam estar em família para que ali pudessem se alimentar e dormir para o outro dia iniciar novamente a jornada. A bíblia não relata em qual momento os pais de Jesus perderam ou se deram conta de que Jesus não estava em seu meio. Os relatos dizem que somente após um dia de viagem que se deram conta de que o seu filho não estava perto. O ponto em que começa a nossa reflexão é justamente o momento em que seus pais dão falta de Jesus.
Não sabemos como era a vida de Jesus em sua infância a não ser apelar para os escritos não canônicos, os quais, alguns demonstram como foi a vida de Jesus em sua infância como o livro a infância de Jesus. Seus pais estavam exaustos por causa dos dias das festas e as solenidades que faziam parte dos rituais para que tudo fosse correto conforme as tradições e as escrituras. Além do mais ter que voltar a enfrentar a viagem e as péssimas condições da estrada. A exaustão contra a energia de um garoto de doze anos é contraste entre pais e filho durante a viagem. Para os jovens eram a diversão de estar em viagem de buscar o novo e ter aventuras durante toda a viagem.

2. Quando sentimos a falta de Jesus.

A vida cristã é feita de altos e baixos e para isso precisamos estar constantemente ligados com o nosso mestre. Mas, o que fazer quando o cansaço, o dia a dia, os problemas, situações que ocorrem conosco nos deixam distraídos e fazem deixar de ver Jesus? Agimos como os pais de Jesus, só daremos a sua falta no momento em que pararmos para ver o que está ao nosso redor. Os seus pais sentiram sua falta após um dia de viagem. Não sabemos se eles realmente avisaram a Jesus sobre a partida deles. No livro de Êxodos encontramos um exemplo completamente ao contrário dos pais de Jesus. Moisés sabia a devida importância que ele deveria dar a Deus (Ex 33.15) e a maravilha que era ter a companhia dEle ao seu lado. Muita das vezes deixamos aquilo que é importante para nós de lado e passamos a dar mais importância ao que não se tem valor.
O dia pós-moderno tende a nos afastar cada vez mais do que é importante, família, compromisso e principalmente de Deus. Somente quando pararmos para refletirmos sobre os nossos afazeres cotidianos que daremos conta de que algo está faltando. Às vezes, me pergunto será que é necessário todo o corre-corre do dia a dia?

3. Quando precisamos voltar.

Assim, como seus pais precisaram voltar para o buscar. Precisamos encontrar o momento em que deixamos Jesus de lado e voltar para buscá-lo. Os mais céticos ou cheio de orgulho poderão dizer eu não o perdi ele sempre estará comigo. Quando paramos para ver, ele não está conosco e teremos que procurá-los. A volta ao passado e doloroso que nos faz relembrar o que fazemos é os sentimentos podem vir a tona. Deixarmos em maus lençóis e tentar achar a solução para os nossos erros passados.
Jesus é  mais importante que os nossos problemas do passado que deixamos para ser resolvidos mais tarde ou fugimos deles. Encontrar aquilo que me dá esperança é o que importa para os momentos difíceis. A jornada de um dia é cansativa e longa  a viagem. Onde ele estava era o lugar para ele estar. Jesus estava no templo ensinando os mestres e os sacerdotes sobre as coisas do alto e todos ficavam maravilhados com o seu conhecimento.
O templo não era diário e constante na vida de Jesus, os ensinamentos poderiam ter sido ou era o dever dos pais transmitir aos filhos (Dt. 6.4-6) Alguns julgam que o convívio com os pais de João batista fizeram com que ele fosse um excelente conhecedor das escrituras, mas, esquecem que ele teve uma boa parte da infância no Egito. Buscar a Deus é  estar mergulhado em suas coisas e nas escrituras e fazer a sua vontade. Muita das vezes deixamos ele de lado e passamos a agir sós. No livro de Apocalipse diz para lembrarmos de onde caímos e voltarmos ao primeiro amor. O primeiro amor é Cristo, sem ele no caminho não faremos nada somos presos às nossas falhas e imperfeições humanas. Onde deixamos a Jesus?

Voltemos ao primeiro amor.

Um comentário

Leonardo Feitosa disse...

Muito bem colocado,que Deus lhe abençoe servo,para ministra através de estudos nesse blog que ele continue lhe usando..

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