Corrigindo o erro através do exemplo.


"Por isso agora te peço, por favor, deixa o teu servo ficar como escravo do meu senhor no lugar do jovem e permite que ele volte com os seus irmãos." Gn 44:33

Convivência entre irmãos é incrível conseguimos amar e as vezes nos odiamos, mas sempre teremos o mesmo sentimento pelo fraternal que é gerado através dos primeiros anos de convivência que tivemos uns com os outros. Imagino que esse problema deva ter existido desde a origem da raça humana, se levarmos em consideração a bíblia (a nossa fonte principal de origem histórica da humanidade) notaremos em Gênesis a convivência complicada entre irmãos (desde a Abel e Caim até José e seus irmãos). 
Convívio complicado entre José e seus irmão. Como poderia ser diferente? Doze irmãos, filhos de quatro mulheres diferentes (Léa, Zilpa, Bila e Raquel) e um único pai biológico. José era o mais amado de Jacó, por ser filho de sua amada a qual trabalhou 14 anos para poder se casar com ela. O ciume entre irmãos predominava dentro da família de Jacó, pois, a preferência por José fazia com que seus irmãos os odiassem e o quisessem matá-lo.

1 - Judá o filho.

Da vida de Judá temos poucos relatos sobre a sua vida, o que sabemos sobre a sua vida? O quarto filho de Léa, o significado de seu nome é louvor, pais de cinco filhos dentre eles os dois mais velhos morreram e não geraram filhos, foi casado com a filha de um cananeu chamado Suá, foi o mentor da venda de seu irmão para os ismaelitas. Não sabemos o fato de Judá ter tomado a decisão de vender o seu irmão para a caravana possa ser que tenha sido para mantê-lo vivo e fora do alcance de seus irmão ou simplesmente para se livrar de um problema que atrapalhava a sua vida. 
Creio que Judá amava muito a seu pai e só percebeu após sua ação para com José. Um peso grande que ele carregava por toda a sua vida a evidência fica clara na defesa que ele fez a José sobre a importância de Benjamim voltar para perto de seu pai. "Agora, pois, indo eu a teu servo, meu pai, e o moço não indo conosco, como a sua alma está ligada com a alma dele. Acontecerá que, vendo ele que o moço ali não está, morrerá; e teus servos farão descer as cãs de teu servo, nosso pai, com tristeza à sepultura. Porque teu servo se deu por fiador por este moço para com meu pai, dizendo: Se eu o não tornar para ti, serei culpado para com meu pai por todos os dias" (Gn 44.30-32). A importância e a convivência com Jacó pós morte de José não sabemos, mas podemos supor que eles tenham se aproximados a um nível grande que suas palavras tinham poder de convencimento sobre a vida de seu pai.

2 - Judá, os erros que se tornaram em acertos.

Judá não foi um homem correto em sua forma de viver, responsável pela ideia da venda de José, seus erros não ficaram por ai. A tradição da época era que os pais escolhiam as esposas de seus filhos juntamente com o pagamento do dote e assim seguindo o costume Judá fez casou o seu primeiro filho Er que se casou com Tamar. Não teria nada de errado com esse casamento se não fosse o detalhe que Er morreu sem deixar filhos, com isso entramos em um outro costume regente na época que estava dentro das leis sumérias (lei que regia toda a região e estava dentro da crença de Jacó e seus filhos), o irmão se casar com a viúva para gerar filhos para seu irmão. 
Com a morte de seu segundo filho e a morte de sua esposa, Judá vai se consolar nos braços de uma suposta prostituta, Tamar a sua nora viúva de seus dois filhos - Er e Onã. Ela engravidou e concebeu dois filhos de Judá, dando assim linhagem direta e não de seus filhos. Esse erro seria de uma forma compensada diríamos assim, é através de Perez filho de Tamar que surge a linhagem real de toda a nação de Israel. Davi vem dessa linhagem, do erro de Judá que se demonstrou arrependido por não ter dado Tamar para Selá também (Gn 38.24-26). 

3- Judá escolhido para reinar.

As últimas palavras de Jacó para Judá podem ter soado boas aos seus ouvidos muito boas "O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos"(Gn 49.9). Ora a ordenança de ser o líder de seus irmãos e a responsabilidade estava sobre suas costas. Não é de se admirar que em todo o velho testamento a tribo de Judá está em grande evidencia. A primeira tribo a ser ordenada por Deus estar na frente de todo o exército de Israel. O propósito de Deus para a vida de Judá era maior, um rei nasceu de seu ventre, filho de uma relação com sua nora, Tamar, Perez gerou a Davi - o rei de Israel. A importância de Davi para o seu povo é grande até os dias de hoje, não temos como negar que a história de Judá está entrelaçada atualmente em toda a humanidade, através de seu mais ilustre descendente. 
Jesus também vem dessa mesma linhagem, filho de Davi, filho de Judá. O reino eterno de Davi dado através de Cristo o Messias, nunca Judá poderia imaginar que seu descendente seria o rei de todo o mundo. Alegria e emoção completamente posto no seu rosto.

Conclusão.

O vendedor de seu irmão, se torna um filho amigo que ama ao seu pai ao ponto de querer ficar no lugar de seu irmão menor para que seu pai não morra. O patriarca do Cristo, o salvador de toda a humanidade. Aprendemos com Judá a grande importância e o respeito daquilo que é família e o grande valor dos nossos pais em nossas vidas.

Shalom.


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