O vaso

"Levanta-te, e desce à casa do oleiro, e lá te farei ouvir as minhas palavras" Jr 18.2


Sem dúvida é uma passagem a qual eu tenho muito medo na bíblia é a de Jeremias 18. Mas ao conversar com um amigo me veio uma grande reflexão sobre esse tema. Se nós aprofundarmos bem dentro da passagem e buscarmos ajuda extra bíblia (comentário, textos originais e outros) encontraremos grande profundidade no tema. O versículo segundo é um chamado a ir a um local. Muitos pensam que seria perto de onde ele estava, mas era em um lugar que ficava próximo de Hinnon, que fica ao sul de Jerusalém (Mt 27.7; Zc 11.13). Era um lugar onde os oleiros trabalhavam tinham o barro necessário para fazer a suas obras e era um terra fértil e abastecida por águas.
O deslocamento do profeta não foi pequeno de onde ele estava teve que ter o sacrifício de estar em um lugar determinado para que ali ele pudesse escutar a voz de Deus. Mas, ao chegar ele não ouviu a voz de Deus de imediato, ele analisou e observou a situação do oleiro em seu trabalho diário. E nesse ponto chegaremos a algumas conclusões.


1. O material.

O Vaso era feito de barro do pó da terra que misturado a água vira a lama que dá a consistência necessária para o oleiro fazer o barro. O livro de Gênesis nos mostra uma criação de Deus importante realizada deste mesmo material. A criação do homem se dá através da obra de um oleiro o qual pega o barro molhado e modela conforme a sua vontade (Gn 2.7). Ora a passagem através da analogia nos traz novamente a criação do homem e demonstra que toda a vida do povo de Israel ele tivera feito. Até chegar ao ponto de venda o processo do vaso é longo e demorado existe a escolha do material correto, tem que ser peneirado, molhado, criar a consistência correta para que ele fique duro durante a modelagem e a temperatura do forno, tem que ser a ideal para que não rache o vaso na hora que estiver assando e nem muito baixo para que demore.


2 O processo é recomeçado.


Às vezes não temos a noção de quando é difícil de se realizar um trabalho que nunca fizemos. Assim, o oleiro sabe o real valor de sua obra e o tempo que demorou para ele construir e terminar a sua obra. O profeta percebe que no meio da obra o vaso se quebra. O verbo usado é sahat o que é interpretado como danificado ou destruído. Não sabemos em qual processo ele foi quebrado. O vaso desde a formação da sua liga pode dar problemas e apresentar falhas e quebrar. E o oleiro torna a fazer novamente o vaso.
O material é importante para o oleiro o que ele tem que refazer do mesmo material e recomeçar o processo desde o princípio para poder finalizar o vaso. Lendo a passagem me lembrei de João Marcos, primo de Barnabé, no meio da viagem missionária ele abandona Paulo e Barnabé. Após ser motivos de briga entre Paulo e Barnabé. O apóstolo chama ele novamente, pois, agora ele era útil para Paulo (II Tm 4.11).


3. O outro vaso

A nossa vida é um processo contínuo de mudança, somos levado a tomar decisões diariamente. e constantemente estamos nas mãos do Senhor que nos molda conforme a sua vontade. Quando o novo vaso é finalizado ele assume outro caráter e outra personalidade. Assim, o profeta percebe que mesmo após quebrado e feito é necessário passar por uma nova mudança (Jo 3.3-7). Às vezes uma simples mudança de atitude se faz necessário (Rm 12.1-2) para que possamos estar no centro da vontade de Deus.



Shalom.
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