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Estou em Processo...

by dezembro 17, 2018

“Estou convencido de que aquele que começou boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de Cristo Jesus”.  Filipenses 1:6   

E quem não está? A ideia não é original, pelo menos parece não ser. A gente vive uma realidade em que ninguém tem a coragem de se dizer completo. Isso não é uma coisa que tenha lá muito prestígio social.
Todo mundo diz que está aprendendo, que está na sua jornada pessoal pelo seu Caminho de Santiago. Tema antigo para quem costuma andar pelas trilhas do novo misticismo, celebrado em livros e filmes.
Mas existe uma diferença. O processo aqui de Filipenses é orientado. Não por forças cósmicas cheias de um sentido misterioso, mas pelo próprio Deus, assevera Paulo. E dura a vida toda!
Paulo tratou do tema mais de uma vez. A ideia é sempre de progressão, de crescimento. Somos como crianças no mundo, Paulo ensina, caindo e levantando para cair e levantar de novo! Mas então ele nos lembra que ali do lado está um Deus que nos ampara, mostra onde erramos e continua pacientemente nos ensinando.
Isso é libertador!  Assim como os pais entendem que seu bebê não tem que sair correndo no primeiro passo, Deus sabe que algumas vezes nós cairemos, teremos medo, seremos duros para aprender a lição e talvez até o neguemos com nossos atos. O que Ele deseja é que após cada passo vacilante siga um passo mais seguro, que depois de um som mal articulado siga uma palavra completa, e, talvez, umas frases bem articuladas.
E assim vamos trilhando o caminho que Deus preparou para nós, e atuando numa história que vai sendo construída por mãos poderosas e nossa fé humana na capacidade dessas mãos.
Desse modo (1:9 e 10) crescemos em conhecimento e disso brota uma percepção mais apurada, o que nos leva a discernir melhor as coisas pelo caminho, até que cheguemos à “estatura de Cristo” (Efésios 4:13, ACF).
Um lembrete, embora o processo seja diferente para cada pessoa, ele não é solitário. Vivemos em comunidade,  todos nesse processo. E em muitos casos nós somos as mãos de Deus amparando os nossos irmãos. A jornada é pessoal, mas em comunidade!
Não perca as oportunidades de perceber como Deus age em sua vida, as coisas que te ensina e o que deseja para você. Os seguidores de Cristo eram chamados de “discípulos”, um termo que significa “aluno”. Aceitar-se como discípulo/aluno é o primeiro e mais importante passo no aprendizado conduzido por Cristo. O segundo, tão importante quanto o primeiro, é continuar sendo discípulo por toda a vida!

Afinal, estamos em processo!


Algumas referências: Ef. 4:11-14; 1 Co 13:11-13; 1 Pe 5:10.

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A Verdadeira Alegria

by junho 17, 2018


“Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, regozijai-vos”. Fl 4:4-Almeida “FIEL”.



Esse é o tema central da carta aos Filipenses, a alegria! Mas não qualquer alegria, é uma muito específica e que só é possível para quem vive em  proximidade com o Senhor. “Alegrem-se”, diz o apóstolo, “no Senhor”. Ele repete várias vezes, o tema está lá, de um modo ou de outro, em todos os capítulos.
Falamos disso antes, “é um contentamento que independe das circunstâncias exteriores” (Eu tenho a Força? ). Não tem coisa mais estranha do que dizer que devemos nos alegrar quando tudo ao nosso redor nos diz o contrário. Mas Paulo o faz amparado na verdade eterna! Quem está em Cristo passou da morte para a vida!
Não é uma alegria “forçada”, flui do Senhor, é fruto do Espírito (Gálatas 5:22). Não é uma coisa “da carne”. Por ela Paulo não tinha muito do que se alegrar. Ele estava preso, e havia a possibilidade de que não sobrevivesse (Fp 2:17), mas isso pouco importava, “viver é Cristo, morrer é ganho” (Fp 1:21). Não é algo fácil de se entender, nem é algo para se entender mesmo. É algo que se experimenta na fé!
Nossa geração é uma das mais prósperas que já viveu, e mesmo assim há muita tristeza entre nós. Os sábios antigos já sabiam que a alegria sincera é terapêutica. ”O coração alegre é como o bom remédio, mas o espírito abatido seca até os ossos”, Provérbios 17:22.
Nossa prosperidade nos deu uma vida melhor, mas não tem o poder de nos dar uma paz verdadeira. Tampouco satisfação permanente. As pessoas vão vivendo de uma alegria temporária e barata, na esperança de que juntando momentos com momentos, a vida possa por fim ser boa. Mas isso não é alegria. É entretenimento. Só faz esquecer. Mas a memória volta...
A alegria que Cristo oferece não é isenta de sofrimento ou dor. Ela é uma flor que brota da certeza e da fé, e que brilha quando tudo mais está apagado.
O Deus que falou por Paulo sabe que temos razões demais para andarmos ansiosos, e essa ansiedade é um dos ingredientes do nosso excesso de tristeza. O que Ele nos diz é que devemos levar essas ansiedades aos Seus pés, exercendo nossa gratidão com lábios sinceros. E assim, unidos com Deus na mente e no coração, participamos da sua glória, manifesta nessa alegria. Nós lançamos diante dele a nossa dor, e Ele nos garante que Sua paz que excede todo o entendimento guardará nossos sentimentos e pensamentos" ( Fp 4:6-7).


Esse é o segredo da Alegria Verdadeira!

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Um Convite à Teocracia... Ou não?

by junho 01, 2018

"Bem-aventurada é a nação cujo Deus é o Senhor, e o povo ao qual escolheu para sua herança". Salmo 33:12 (ACF*).

Esse texto muitas vezes é usado por políticos cristãos como se fosse um convite para que qualquer nação se tornasse "cristã".

Mas é um erro. A palavra "SENHOR" substitui, no texto hebraico, YHWH, (יהוה), o Tetragrama para o nome de Deus. Muitas vezes essa palavra é transliterada por JEOVÁ ou JAVÉ, entre outras formas variantes. O hebraico não possui caracteres vogais, e como a Lei proibia "tomar o nome de Deus em vão" (Êxodo 20:07), a vocalização correta da palavra começou a se perder quando o TEMPLO judaico foi destruído pelos exércitos romanos em 70 d.C. O NOME (HaShem) era pronunciado apenas uma vez por ano pelo Sumo Sacerdote judeu no Dia da Expiação (Levítico 23:27), o YOM KIPPUR. Contribuiu nesse “esquecimento” o fato de que na diáspora** a maioria dos judeus passou a adotar as línguas locais, ficando o hebraico para uso litúrgico e dominado apenas por estudiosos. E durante muito tempo as comunidades judaicas viveram isoladas dos centros de cultura ao redor.

Séculos mais tarde (século VI em diante), sábios judeus chamados “massoretas” (escribas) criaram um sistema de sinais diacríticos colocados acima, abaixo e ao lado das letras hebraicas para indicar os sons vocálicos. Como os judeus não devem pronunciar YHWH, eles costumam utilizar ADONAY (Meu Senhor) em seu lugar. Em torno de 1100 d.C., alguém  pegou os sinais diacríticos de “Adonai” (não procure a correspondência em português) e os colocou em YHWH dando origem a Yehowah. Um costume adotado bem antes pelos leitores judeus (ler “Senhor” onde o texto dizia”YHWH) e já presente na SEPTUAGINTA***. Algumas edições da Bíblia continuaram o costume, e utilizaram SENHOR onde o texto trazia o Tetragrama.

Portanto "SENHOR" no Salmo 33 não está adjetivando “Deus”, mas é um substantivo para o Seu nome. O salmista não está convidando as nações a se tornarem teocracias, mas afirmando que das nações que havia em seu tempo, a "Bem-Aventurada" e escolhida era aquela que tinha como Deus nacional a YHWH. Não era a Babilônia com seu Marduk, nem a Filístia com Dagom, o Egito com seus inumeráveis deuses, ou uma das variações de Baal, mas ISRAEL e YHWH.

A estrutura poética do versículo esclarece isso. É muito importante para a poesia hebraica o paralelismo. Existem dois tipos principais de paralelismo na Bíblia, o antitético (quando um verso contrasta com o anterior por uma ideia oposta) e o sintético (quando um verso complementa o anterior usando uma ideia sinônima). No texto epigrafado o uso é sintético. “Nação” e “povo” são uma unidade. Aquele povo e aquela Nação. Deus não escolheu nenhuma outra nação da Terra, além de Israel, para levar o seu nome (Amós 3:2).

O cristianismo não é uma fé nacional, como era o judaísmo primitivo. É uma fé universalizante e de natureza espiritual que conclama os homens a aderirem a uma cidadania celestial. Existem cristãos, mas não uma "nação cristã". Podemos e devemos orar pela nossa nação e pelos nossos líderes (I Tm 2:1-3). Mas não faremos nossa nação abençoada apenas proclamando o senhorio de Deus sobre ela, “do Senhor é a Terra e tudo o que nela existe” (Sl 24:01,NVI), e sim proclamando nossa fé através dos nosso atos e palavras e agindo de acordo com seus valores (II Co 2:15).

Quem usa o salmo 33:12 apelando para uma “teocracia evangélica”, ou para justificar políticos, ditos cristãos, que não têm comprometimento com a ética evangélica, não entendeu o texto, ou, o que é mais provável, está querendo enganar os fiéis.

* Almeida Corrigida e Revisada “Fiel”.
**Diáspora: dispersão dos judeus por todo o mundo, I Pe 1:1.
*** LXX. Tradução grega do Antigo Testamento produzida no período helenístico anterior a Cristo e muito importante na produção do Novo Testamento.

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Desista...de desistir!

by maio 23, 2018

"Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus".  Filipenses 3: 13, 14- NVI.
Desistir. Quem nunca pensou em largar algo que parecia além de suas forças? Quando eu me defronto com situações assim, e elas acontecem muito comigo, é na Carta aos Filipenses que encontro o conselho de quem soube viver com as adversidades.
No texto que você leu acima, Paulo fala de algo bem específico, o fim da fé, seu objetivo, que é alcançar a vida eterna. O interessante é que falando desse ideal tão elevado, Paulo nos alimenta com um princípio de vida cristã que pode nos ajudar numa série de outras situações que não estão diretamente relacionadas com a ressurreição dos mortos.
Paulo entendia que (v 12) ainda não tinha sido “aperfeiçoado”, ele olhava para si mesmo e via imperfeições. Apesar de todo o conhecimento que alcançara enquanto era fariseu (vs 4-7), ele entendia que conhecer a Cristo tornava tudo isso como “esterco” (v. 8) e que sua finalidade, apesar das coisas passadas, era continuar crescendo nesse conhecer.
Mas o aprendizado tem um preço, e Paulo mais do que ninguém entendia isso. Para aprender erramos muito, o caminho da perfeição é pavimentado com sofrimento.
Você pode, ensina Paulo, pensar apenas nas vezes que falhou, ou pode, como ele, focar o alvo. Esse é o seu ensino, que uma pessoa não deve deixar que as falhas travem seu progresso. É preciso continuar, é necessário deixar o que passou para trás.
Não passou no vestibular? Não conseguiu aquele emprego? Não corre cinco quilômetros em 30 minutos? Ora, você aprendeu com o processo, agora deixe aqui a frustração e aproveite o bem que obteve, sua experiência, para tentar de novo ano que vem.
E aprendendo essa lição nas pequenas coisas você tem um quadro do que te espera lá adiante, no local onde estão as “grandes coisas”.
Ei, deixe esse obstáculo aí, você já passou por ele, ali na frente tem outro, mas você está mais forte agora.
O prêmio é garantido para todos os que não desistem!

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